Projeto Antártida: dois anos em pleno funcionamento

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21 de Setembro de 2022

Frio extremo, com temperaturas a rondar os 25 graus negativos, isolamento e condições adversas - um contexto bem diferente da rotina do dia-a-dia. Foi às portas da Antártida, num dos locais mais remotos da Terra, que a Enkrott levou a cabo um dos projetos internacionais mais emblemáticos da empresa ao longo dos seus 60 anos de atividade.

“Tratou-se de um projeto inesquecível para quem nele colaborou, muito enriquecedor, mas ao mesmo tempo extremamente exigente do ponto de vista técnico e humano”. As palavras são do Gestor de Negócios Internacionais da Enkrott, Jorge Taboada, que, juntamente com mais um elemento da empresa, permaneceu um total de quase dois meses no polo de investigação científica “Estação Comandante Ferraz” (além de duas semanas de viagem no mar), para ali instalar um sistema de tratamento de água.

Face às condições especialmente difíceis em que foi realizado, o “Projeto Antártida” é revelador do know-how tecnológico desta empresa que integra o grupo Bondalti em diversas vertentes e da sua capacidade para responder aos desafios mais exigentes.

A intervenção da Enkrott teve início em 2013, quando, em parceria, desenvolveu a engenharia para o sistema de tratamento de água da estação, depois de esta ter sofrido um violento incêndio em 2012. Em 2017, a Enkrott foi contratada por uma companhia chinesa, que entretanto ficou encarregue da reconstrução. A empresa portuguesa teve a seu cargo a engenharia, construção e arranque do sistema, destinado a abastecimento de água para consumo humano, laboratórios e outros usos. A estação alberga um máximo de 64 pessoas durante longas temporadas, entre as quais investigadores de vários pontos do globo, sendo necessária disponibilidade de água armazenada tratada suficiente para o ano inteiro.

A água é captada em dois lagos próximos das instalações e no mar, a um mínimo de 5 ºC. Para o efeito, foram instalados sistemas de tratamento adequados às diferentes características das fontes de água - doce e salgada -, com recurso a tecnologias de osmose inversa, filtração multimédia e desinfeção. No total, o sistema permite produzir até 20 mᶟ/dia de água potável, que após ser utilizada é tratada e descarregada para o mar.

Com o objetivo de estudar o clima e o meio ambiente local, a Estação Comandante Ferraz funciona no âmbito do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e está localizado na Ilha King George, no Oceano Glacial Antártico, a 850 km da América do Sul. A temperatura média do ar é de -2,8 ºC, oscilando entre 14 ºC e -28 ºC, e o vento pode atingir cerca de 200 km/h.

A manutenção do sistema de tratamento de água é atualmente assegurada por militares brasileiros residentes, com apoio técnico remoto da Enkrott. “Tendo em conta o acesso difícil e demorado, bem como as condições climatéricas adversas do local onde se encontra, muitos dos componentes foram instalados em redundância, ou seja, em duplicado, de modo a assegurar uma elevada robustez e fiabilidade”, acrescenta Jorge Taboada.


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